BUJUMBURA (Reuters) - Pelo menos 70 pessoas morreram em Burundi desde o início dos confrontos entre forças de segurança e ativistas que protestavam contra a tentativa do presidente Pierre Nkurunziza de buscar um terceiro mandato, informou um grupo de direitos humanos do país.
A oposição foi às ruas no fim de abril dizendo que o plano de Nkurunziza violava o limite de dois mandatos estabelecido na Constituição e um acordo de paz que encerrou uma guerra civil étnica em 2005.
A violência tem alimentado tensões em uma região com histórico de conflitos étnicos, particularmente na vizinha Ruanda, onde houve um genocídio em 1994. Ruanda e Burundi compartilham a mesma mistura étnica de maioria hutu e de minoria tutsi.
Pierre Claver Mbonimpa, um ativista veterano que chefia o grupo de direitos humanos APRODH, disse à Reuters que 70 pessoas foram mortas e cerca de 500 ficaram feridas. Centenas de pessoas foram detidas pela polícia, acrescentou.
A polícia não comentou imediatamente, mas anteriormente informara um número de mortos bem abaixo da contagem do grupo de direitos humanos.
(Por Clement Manirabarusha)